DIA DOS PROFESSORES

Vós sois a luz do mundo! Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte. Nem se acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma mesa, mas no candelabro; e assim ela brilha para todos que estão na casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o Pai que está no Céu” 
(Mateus 5, 14-16).

O dia dos professores talvez tenha nascido a dois mil anos atrás, quando o maior dos mestres subiu à montanha e nos transmitiu esta mensagem. Mas, a comemoração do 15 de outubro, dia de Santa Tereza d'Ávila, em que circunstâncias teria sido criada?
Não é difícil imaginar o primeiro instante em que um homem, lá na Idade da Pedra, tentou fazer seu companheiro inexperiente vivenciar alguma ação bem sucedida, como um abater de caça, demonstrar algo através de uma inscrição na parede ou uma outra descoberta qualquer: pronto, nasceu um mestre!
Ao longo de milênios, o professor vem se empenhando na difícil tarefa de educar os jovens. “Conhece-te a ti mesmo”, ensinava Sócrates. “Ensina com alegria; a tristeza seca a alma e tira das palavras o seu frescor”, dizia Santo Agostinho. “Valoriza a atividade na aprendizagem”, professava Piaget.
Por tudo isso, o professor de hoje não apenas precisa se preocupar em transmitir novos conhecimentos, mas deve conhecer-se, entrar em sintonia com os jovens, com seus anseios, suas inexperiências e ideais, para desenvolver todas as suas potencialidades construtivas.
Em nossos dias, a tarefa de ensinar está ficando cada vez mais difícil. Tentando acompanhar a incrível velocidade com que as novidades acontecem, o professor se esforça heroicamente para não ficar para trás. Tudo chega, passa e muda tão rápido, que a velocidade eletrônica elevou a sua consciência humana e intelectual a um nível muito intenso.
Geralmente ele acorda cedo e vai para a escola, esquecendo os seus problemas em casa, enfrentando uma sala de aula com quase sempre mais de quarenta alunos inquietos e, como é muito mal remunerado, tem que trabalhar à tarde, quando não à noite também.
Nem é bom falar na questão do salário! Quando chegará a nossa hora e a nossa vez? Queremos que a Educação seja olhada com seriedade! O que vemos hoje são alunos carentes e sem base, professores mal remunerados e escolas mal equipadas.
Mesmo sem vez e apesar dos pesares, nada se compara com a nossa alegria quando nos sentimos recompensados pela aprendizagem dos alunos; quando a aula preparada com carinho é participada com interesse! Quando conseguimos atingir a criança tristonha ou o adolescente esquivo com uma palavra de estímulo ou de repreensão.
Embora muitas vezes rememos contra a maré e o desânimo pese sobre nossos ombros, não podemos parar no meio da jornada. Somos luz e temos a obrigação de iluminar as sendas por onde passam nossos alunos.